Escrevo sem saber como fazê-lo. Quinze segundos diante do branco, ponderando se eu ainda saberia como exprimir em tinta e papel, meus sentimentos. Tudo está tão bagunçado. Sinto que o desencaixe é forte e persistente. Como uma maldição rogada ao vento, mas certeira em intenção. Falta-me acreditar na possibilidade otimista. Oh, céus! Como já fui otimista e romântico! Na glória dos meus dias, gritava em vermelho num campo florido. Tudo vem pesado e não sei como descarregar. Não quero parecer alheio à dor restante no mundo, mas infelizmente só conheço a minha e percebo a existência de uma próxima a mim. Reconheço a dor como uma companheira de anos, vã e pagã; senhora mundana. Eu me sinto seco; sim, seco de lágrimas, de afeição, de admiração, de qualidades, de tudo.
Tenho outra companheira agora: a dúvida. Ela me envenena. Céus, como sou terrível! Duvido de mim, duvido dos outros, duvido da dúvida, duvido do “enfim”. Meus sorrisos são falsos e amarelados, para guarnecer meu instinto, camuflar minha raiva. Já vejo: Falta-me talento. Perdi este também em mais uma das minhas caminhadas tortuosas e atrapalhadas. Céus! Estou clamando! Numa parede de olhos eu atiro meu torpor, minha paciência, minha tolerância; mas, brado que as quero de volta.
A forma; será que este grito a tem? Sim, isto não é um texto; é só mais um dos meus gritos silenciosos, fruto dos meus pomares em putrefação, das minhas idiotices. E Céus! Sou escorpião! Sou vingativo, terrível, intolerante, imbecil, covarde, hiperbólico em crise, impaciente, obscuro, frio, calculista, cheio de ódio, de horror! Mas veja isto: sou emotivo, sensível, perceptivo e o mais incrível, eu amo. Não há nada de muito bom em mim; verdade incontestável. Será que consigo ver isto de um panorama completo? Busco respostas a perguntas que crio (mais um idiota, mestre das ilusões, das idealizações).
Incrível, preciso dar suporte à psique de quem amo, sendo que a minha é completamente avariada. Ironias do amor, quem pode evitá-las? Aliás, o amor, quem pode evadir deste menino travesso de arco certeiro em busca de sangrar corações? Eu te peço perdão, meu amor. Eu te imploro absolvição. Provavelmente você apenas foi vítima da minha vaidade, do meu ego avantajado. Quem sou eu para julgar tuas escolhas se nem consigo entendê-las? Se a situação se invertesse, como você agiria? Dói-me te ver sofrendo, carregando atribuições por minha causa e mesmo com isso eu não consiga simplesmente fazer tudo evanescer. É tão insensato da minha parte, tão infantil. Será esse o peso de um coração partido?
Suicídio? Ridículo! Que assassinato imbecil. Quantas pessoas eu mataria ao me matar? E como aprendi com o sábio, quem me garante que a morte é o fim de tudo? Oh, céus! Imploro-te sabedoria, paz de espírito, e a capacidade de perdoar a si, para mim e para quem amo. Pode ver, meu amor? Tu és vítima da minha busca desnaturada e desatinada pela ostentação estética e pessoal. A culpa é minha, o peso é meu. E acho que vou dissipar-me de ti, com ele.
Tenho outra companheira agora: a dúvida. Ela me envenena. Céus, como sou terrível! Duvido de mim, duvido dos outros, duvido da dúvida, duvido do “enfim”. Meus sorrisos são falsos e amarelados, para guarnecer meu instinto, camuflar minha raiva. Já vejo: Falta-me talento. Perdi este também em mais uma das minhas caminhadas tortuosas e atrapalhadas. Céus! Estou clamando! Numa parede de olhos eu atiro meu torpor, minha paciência, minha tolerância; mas, brado que as quero de volta.
A forma; será que este grito a tem? Sim, isto não é um texto; é só mais um dos meus gritos silenciosos, fruto dos meus pomares em putrefação, das minhas idiotices. E Céus! Sou escorpião! Sou vingativo, terrível, intolerante, imbecil, covarde, hiperbólico em crise, impaciente, obscuro, frio, calculista, cheio de ódio, de horror! Mas veja isto: sou emotivo, sensível, perceptivo e o mais incrível, eu amo. Não há nada de muito bom em mim; verdade incontestável. Será que consigo ver isto de um panorama completo? Busco respostas a perguntas que crio (mais um idiota, mestre das ilusões, das idealizações).
Incrível, preciso dar suporte à psique de quem amo, sendo que a minha é completamente avariada. Ironias do amor, quem pode evitá-las? Aliás, o amor, quem pode evadir deste menino travesso de arco certeiro em busca de sangrar corações? Eu te peço perdão, meu amor. Eu te imploro absolvição. Provavelmente você apenas foi vítima da minha vaidade, do meu ego avantajado. Quem sou eu para julgar tuas escolhas se nem consigo entendê-las? Se a situação se invertesse, como você agiria? Dói-me te ver sofrendo, carregando atribuições por minha causa e mesmo com isso eu não consiga simplesmente fazer tudo evanescer. É tão insensato da minha parte, tão infantil. Será esse o peso de um coração partido?
Suicídio? Ridículo! Que assassinato imbecil. Quantas pessoas eu mataria ao me matar? E como aprendi com o sábio, quem me garante que a morte é o fim de tudo? Oh, céus! Imploro-te sabedoria, paz de espírito, e a capacidade de perdoar a si, para mim e para quem amo. Pode ver, meu amor? Tu és vítima da minha busca desnaturada e desatinada pela ostentação estética e pessoal. A culpa é minha, o peso é meu. E acho que vou dissipar-me de ti, com ele.